Chapter Capítulo 26

Capitulo 26

Amélia virou–se, já tarde demais, e ao ver Rafael saindo pela porta, ficou admirada, e depois falou baixinho para Cecilia ao telefone: “Preciso desligar pois estou um pouco ocupada, volto a te ligar mais tarde.”

“Ah?” Cecilia, que queria saber mais a respeito de Rafael, também ficou surpresa, mas imediatamente se recuperou, “Ah, sim, tudo bem, não se preocupe. Fique bem e descanse.

“Está bem. Você também descanse um pouco.” Amélia finalizou a ligação, devolveu o celular para Pedro e então se aproximou de Rafael.

Rafael estava parado na porta, sua alta estatura recortada contra a luz, transmitia uma calma que era, contudo, esmagadora.

Ele olhou rapidamente para Pedro e depois para Amélia: “Quem é ele?”

Amélia vacilou por um instante e depois acabou se lembrando, girando suavemente o corpo e apontando para Pedro e Rafael enquanto os apresentava: “Ah, este é o irmão que tive na faculdade, Pedro, nosso orientador durante seis meses e agora é meu colega de classe.”

Rafael a olhou, e em seguida olhou para Pedro, seus lábios se moveram levemente com um cumprimento frio, mas educado disse: “Prazer.”

Pedro respondeu com um cumprimento igualmente educado e então, olhou para Amélia, buscando mais informações.

Amélia se deu conta de que ainda não tinha apresentado Rafael e apontando para ele, disse:

Ele é meu…”

Ela titubeou por um momento, a palavra “ex–marido” parecia estranha, mas ainda assim ela disse com um pouco de dificuldade: “Ex–marido.”

Rafael ficou sério ao ouvir isso, nitidamente não gostando do título.

Pedro não demonstrou surpresa, e até gesticulou educadamente para Rafael, como um

cumprimento.

Rafael também retornou o gesto, mas logo sua atenção se voltou diretamente para Amélia: “Vamos conversar lá dentro, está muito frio aqui fora.”

“Não precisa.” Amélia recusou abertamente, mas vendo que Rafael não parecia estar disposto a ir embora, ela não conseguiu deixar de olhar para ele e falou: “Na verdade, vou ter que retornar para a faculdade mais tarde para uma palestra, e eu e o irmão vamos ter que ir. Não vou poder ficar aqui… fique à vontade.”

Rafael apenas a olhou.

Amélia ficou intimidada sob o olhar dele e desviou, evitando encará–lo.

Quando ela pensou que Rafael iria dizer algo, ele simplesmente disse calmamente: “Se cuide.”

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Logo depois dessas palavras, Rafael saiu, caminhou até o elevador, entrou e apertou o botão.

Amelia levantou a cabeça para olhar naquela direção, e Rafael também estava olhando para ela. Seu rosto bonito e olhos escuros haviam retornado à frieza distante de sempre.

Amélia observava as portas do elevador se fechando bem devagar, se mantendo parada enquanto Rafael dentro do elevador, também não se movia, apenas a observava calmamente até que as portas se fecharam totalmente.

Pedro olhava para o indicador de andares do elevador e depois para ela: “Tudo bem?”

Amélia balançou a cabeça, desculpando–se: “Desculpe.”

Pedro sorriu suavemente: “Não tem problema.”

Ele olhou para o relógio e então para ela: “Você possivelmente não jantou, não é? Acabei de preparar o jantar no meu apartamento, venha comer um pouco.”

Amélia sorriu, mas negou com a cabeça: “Não precisa, obrigada.”

Pedro não insistiu: “Tudo bem, qualquer coisa me ligue, estou bem aqui em cima.”

Amélia concordou: “Está bem, obrigada, irmão.”

Após ver Pedro entrar no elevador, Amélia voltou para dentro do seu apartamento.

Ao fechar a porta, o sorriso no rosto de Amélia foi desaparecendo bem devagar, e ela ficou olhando ao redor do apartamento, se perguntando se a recente visita de Rafael era o motivo pela qual o lugar parecia agora tão frio e quieto.

Embora ‘já se acostumando com a vida de solteira e se adaptando bem, Rafael tinha sido seu companheiro por dois anos; sua presença obrigatoriamente trazia de volta algumas lembranças que não tinham sido tão ruins.

Amélia suspirou profundamente, tentando fazer com que desaparecesse o leve desconforto que surgia no fundo de seu coração, e caminhou até o armário onde havia colocado às pressas suas roupas e objetos na cesta, abrindo a porta do armário

As coisas que ela havia colocado ali às pressas estavam todas espalhadas e bagunçadas.

Amélia organizou as roupas, a cesta de objetos, e tirou do bolso o relatório médico, olhando para o exame de HCG que estava na cesta. Ela puxou–o cuidadosamente para fora.

A taxa de gonadotrofina coriónica humana apresentava mais de 600 no relatório, e Amélia olhou para o canto superior direito onde se lia o diagnóstico clinico de “gravidez precoce“, sentindo–se um pouco zonza.. Suas mãos automaticamente acariciaram sua barriga plana, com sentimentos maravilhosos e complicados, dificilmente conseguindo imaginar uma pequena vida crescendo ali dentro. Contudo, essa maravilha havia se transformado em uma ansiedade indescritivel ao lembrar–se das palavras que o médico havia dito naquela tarde a respeito da imagem fetal incerta. Ela colocou as mãos gentilmente sobre o ventre, abaixou a cabeça para olhar, dobrou cuidadosamente o relatório médico e o colocou na gaveta da mesinha de centro, levantando–se para ir jantar, ainda secretamente cheia de esperança em

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ter um destino compartilhado com a criança.

Rafael retornou ao Hotel Amanhecer, e assim que o carro parou em frente ao hotel, Bruno the

ligou.

Rafael apertou o botão para poder atender a ligação,

“Sr. Gomes, o senhor já chegou?” Assim que a ligação foi estabelecida, a voz relaxada de Bruno foi ouvida do outro lado da .

“Cheguei.” Rafael respondeu bem esgotado, desligou o carro, puxou o freio de mão, soltou of cinto de segurança e abriu a porta para sair.

O manobrista na entrada foi se aproximando entusiasmado: “Boa noite, senhor. O senhor gostaria de fazer o check–in no hotel?”

or

Rafael raramente ia lá para inspecionar, e nas pouquíssimas vezes que o fazia, apenas como um cliente em uma estadia rápida, investigando discretamente sem notificar ninguém. Portanto, com exceção de alguns executivos, poucas pessoas no hotel o reconheciam.

Rafael não estava preocupado com aparências, então, diante da saudação do manobrista, ele apenas o cumprimentou levemente e respondeu com um “Hmm“, virando–se apressadamente para olhar para o carro que acabara de estacionar, “Por favor, estacione o carro para mim.”

Ao terminar de fazer a solicitação, ele atirou as chaves do carro para o manobrista.

“Claro.” O manobrista pegou as chaves habilmente e, fazendo um gesto de boas–vindas em direção ao lobby, disse: “Por aqui, senhor. A recepção irá processar seu check–in.”

“Obrigado.” Rafael agradeceu e foi caminhando na direção da porta giratória do saguão, falando ao telefone e pensativo, bastante distraido e sem prestar atenção ao seu redor. Ao se aproximar da porta giratória, uma silhueta magra disparou do elevador, tagarelando: “Ei, espere, deixe–me sair primeiro, eu tenho um assunto urgente…”

Antes mesmo de terminar a frase, ela se chocou diretamente contra Rafael.

Rapidamente, Rafael se moveu para o lado, mas a garota que vinha apressadamente não conseguiu parar a tempo e “ploft“, caiu sentada no chão. Sua bolsa e celular também cairam, espalhando no chão todo o conteúdo que estava em sua bolsa.

“Ei, como você pode ser assim…” a garota reclamou, batendo o pó de suas roupas enquanto se esticava para pegar suas coisas espalhadas pelo chão.

Rafael olhou repentinamente para o chão, enquanto a mão da garota tentava alcançar uma pulseira de esmeraldas com um pequeno Buda, sentindo que lhe era familiar. Quando notou as iniciais “AM” gravadas no amuleto, seus olhos se retrairam, e ele se inclinou instantaneamente, agarrando o pulso da garota: “De onde você pegou essa pulseira?”

Capitulo 27