Capítulo 92
Minha Morte!Sua Loucura!
CapÃtulo 92 âLuna, não minta para mim novamenteâ¦â Robson me abraçou apertado, como se estivesse com medo de que eu o abandonasse. Eu podia sentir que ele estava sofrendo de transtorno de estresse pósâtraumático, então eu tive que ser muito cuidadosa e paciente, esperando que ele se apegasse a mim e finalmente me contasse a verdade sobre tudo o que ele sabia sobre o assassino em série.
Robson estava sempre na defensiva, repetindo para que eu não o enganasse. Era evidente que ainda não confiava plenamente em mim.
Eu sabia que se perguntasse agora, ele certamente não me responderia.
âVamos, hora de dormir.â Eu levei Robson para o quarto, deiâlhe remédio e troquei os curativos em suas mãos e pés. Enquanto removia as faixas de suas feridas, vi o sangue encharcado, revelando feridas horrÃveis que me fizeram franzir o cenho. As feridas eram tão terrÃveis que doÃam só de olhar.âComo você se machucou assim?â Perguntei baixinho, cuidadosamente lavando as feridas com soro fisiológico, temendo que piorassem. âA partir de amanhã, você vai usar a cadeira de rodas e não vai mais andar por aÃ, entendeu?â
Robson me olhou e assentiu obedientemente.
Quando não estava em sua loucura, era dócil como um grande cachorro.
Mas quando perdia o controle, eu tinha medo.
âEles não me deixaram escapar, me fizeram andar sobre brasasâ¦â Robson disse baixinho, sua voz rouca e sem emoção.
Não havia medo ou terror em suas palavras, apenas um frio penetrante.
Eu sabia que âelesâ se referiam a Tom e ao patriarca, que, para impedir que Robson fugisse e garantir que ele continuasse o legado da FamÃlia Macedo, realmente não tinham limites em suas ações.
âEles são tão cruéisâ¦â Eu murmurei, incapaz de encontrar palavras para descrever a maldade e a escuridão de Tom.âEstá doendo?â Eu continuei cuidando das feridas enquanto perguntava a Robson se estava doendo. Parecia que ele não tinha nervos para sentir dor, como podia não sentir nada com tais ferimentos?
Robson balançou a cabeça, anestesiado.
Não era que ele não sentisse, mas sim que estava entorpecido.
Depois de cuidar dos pés, tratei das feridas em suas mãos.
As pessoas da FamÃlia Macedo achavam que prendendo suas mãos e pés podiam contêâlo.
Mas, ao fazerem isso, destruiram um gênioâ¦
âLunaâ¦â Robson olhou para mim, chamando meu nome.
âO que foi?â Eu organizei a caixa de remédios e olhei para ele.âVocê quer que ele morra?â ele perguntou seriamente.
âAh?â fiquei confusa. âQuem?â
âAdonis,â Robson pronunciou o nome de Adonis.
Fiquei chocada, sem reação por um bom tempo.
CapÃtulo 92 Ele queria que Adonis morresse? Lembreiâme de Robson já ter me perguntado isso antes. Na última vez, pensei que fosse brincadeira, mas agora, sentia um peso de intenção mortal em suas palavras.
âEu não quero que ele morra. Eu quero que ele viva, todos os dias atormentado pela dor, culpa e remorso.â Eu sacudi a cabeça e olhei para Robson. âVá dormir, você ainda está com febre.âRobson, obediente, tentou se deitar no chão.
âNa cama!â eu o empurrei para a cama e o cobri com o edredom.
Ele me olhou por um momento, então de repente me puxou para perto, me virando e me prendendo sob seu corpo.
âO que⦠o que você está fazendo?â Eu estava com medo e alerta, olhando para ele. Seus olhos pareciam querer me engolir.âLunaâ¦â Ele chamou meu nome.
Eu nunca conseguia distinguir se ele estava chamando por mim ou por Lana.
Mas aqueles olhos eram tão belos e profundos, pareciam dizer em silêncio eu te amo, eu te amo muito.