Capítulo 63
Minha Morte!Sua Loucura!
CapÃtulo 63 âMafalda, você acredita em almas?âEu olhei para Mafalda, nervosa, sem saber se ela acreditaria em mim: âEu sou a Lunaâ¦â
Mafalda ficou chocada por um longo tempo, cobrindo a boca com a mão enquanto seus olhos pulavam de um lado para o outro.
Ela permaneceu em silêncio por um longo tempo.
Provavelmente, o que eu estava dizendo parecia forçado e difÃcil de acreditar.
âO que você quer, afinal?âDepois de um tempo, ela franziu a testa, demonstrando um certo irritação:
âComo você sabe dessas coisas e ainda tenta se passar por Luna? Você acha que sou idiota?â
Ela me olhava com desconfiança, como se me considerasse uma cúmplice ou até mesmo a assassina. E, sinceramente, quem não ficaria desconfiada se alguém aparecesse do nada afirmando ser um amigo falecido?
âCalma, calma.âEu rapidamente levantei as mãos, fazendo um gesto para acalmar seu nervosismo.
Mafalda hesitou por um momehto, observandoâme com ainda mais cautela.
Provavelmente, ela estava tentando entender como eu sabia tantos segredos sobre a Luna.
âVocê acha que sou uma das assassinas ou uma cúmplice, não é? Acredita que fiz algo à Luna antes de sua morte, a forcei a revelar seus segredos e depois a enganei?âEu expressava as suspeitas de Mafalda. Ela ficou em silêncio, sempre alerta.
âEntão faça isso, me pergunte o que quiser, questione sobre segredos que apenas você e a Luna conheceriam. Luna não poderia ter contado tudo a mais alguém, eu realmente sou a Lunaâ¦âEu expliquei com as mãos erguidas.
Os olhos de Mafalda ficaram um pouco vermelhos, provavelmente ela também queria acreditar que eu era, de fato, a Luna.
Mas nós duas éramos ateus, como poderÃamos acreditar que alguém pudesse renascer no corpo de outra pessoa?
Isso era pura imaginação de novela.
âLuna deixou vários cartões bancários comigo.âMafalda me olhou de forma inquisitiva.
âDois. Um é o cartão onde recebia a bolsa de estudos e o outro é o cartão do meu salário.âEu disse seriamente: âNo cartão da bolsa tem mais de trinta mil, e no do salário juntei dez mil para dar de presente ao Adonis e à Morgana, e tem ainda um terceiro cartão que tÃnhamos juntas, para doações para crianças de um orfanato.â
Eu sempre desejei que Adonis e Morgana ficassem juntos para sempre, mas, infelizmente, eles só queriam a minha morte.
Quando mencionei Adonis e Morgana, um brilho de ódio se acendeu em meus olhos.
Mafalda falou novamente: âLuna fez algum tipo de cirurgia plástica, algum procedimento estético?â
Essa pergunta me irritou, nenhuma mulher gosta de ouvir que aparenta ter feito cirurgia plástica: âSou Capitulo 63 naturalmente bonita, por que precisaria de cirurgia? Não fiz nada.â
âResposta errada, eu a levei para colocar cÃlios postiços.âMafalda acenou com a mão.
Fiquei sem palavras: âMafalda, colocar cÃlios postiços conta como cirurgia plástica? Você me levou naquele salão de beleza na rua no 3, onde a vendedora começou a me elogiar assim que entrei, dizendo que eu era linda e que se fizesse um delineado semiâpermanente ou desenhasse as sobrancelhas, não precisaria mais me maquiar.â
Mafalda apertou o copo que segurava: âLuna amava Adonis?â
Respirei fundo, falando pausadamente: âLuna não amava mais Adonis. Se ainda amasse, tudo o que ela passou, todo sofrimento, teria sido merecido.â
Mafalda desviou o olhar, enxugando uma lágrima: âPor enquanto, acredito que você tenha algum tipo de relação com a Luna, mas que você é ela, eu não acredito⦠Diga logo o que você quer.â
âFoi Morgana quem me matouâ¦âHesitei, com medo de que Mafalda não pudesse aceitar, e me corrigi:
âFoi Morgana quem matou a Luna. Foi Morgana quem disse a Luna para ir ao beco da rua Velha no dia 15, sem contar a ninguém. Ela enganou a Luna, que acabou sendo assassinada.â
Mafalda virouâse bruscamente para mim: âVocê tem provas?â
Eu balancei a cabeça: âNão tenho provas, mas eu⦠No celular da Luna tem uma gravação de ligação com a Morgana, a polÃcia não recuperou os dados?â
Mafalda franziu a testa: âRecuperar dados é complicado, não é tão simples assim, e ainda vai levar um tempo.â