Capítulo 39
Minha Morte!Sua Loucura!
CapÃtulo 39 Eu observava Adonis de cima, com um sorriso sarcástico: âAdonis, se eu morri, você não deveria estar feliz? Por que toda essa encenação? Foi você quem me matou!â
âChega, não tem mais nada para fazer aqui, Sr. Tavares. à melhor voltar e esperar pelo resultadoâ â
disse Benito, claramente desgostoso com Adonis e sua atitude hipócrita.
âAdonis, você é repugnante!â â Mafalda ainda estava muito agitada, apontando e xingando Adonis:
âVocê não ia se casar? Volta para sua Morgana e se casa logo!â
Eu fiquei ao lado de Mafalda, olhando para Adonis com indiferença.
ã Nesse ponto, eu já não tinha mais forças para odiáâlo.
Eu era apenas uma peça no jogo de Morgana, ocupando o lugar dela para protegêâla de um destino fatal.
Assim⦠a minha dÃvida com ele estava finalmente paga.
Adonis ficou parado, obviamente achando que algo ruim tinha acontecido comigo.
âAdonisâ¦â â Mafalda devolveu o casaco para o Benito e tirou um envelope vermelho da bolsa:
âDesculpa, eu não queria te dar isso, porque acho que você e Morgana não merecem o presente da Lunaâ¦â
Ela falou, engasgando com as palavras.
Eu queria enxugar as lágrimas dela, queria abraçáâla, mas eu era incapaz.
âFaz três meses, Luna me procurou, disse que tinha conseguido uma oportunidade de estudar no exterior, pediu para eu manter segredoâ¦â â Mafalda tremia inteira.
Provavelmente, ela pensava que se eu tivesse ido para o exterior mais cedo, não teria morrido ali.
âEla já queria se livrar de você, estava sempre pensando em como sair da sua vida, mas você achava que ela era capaz de tudo por vocêâ â zombou Mafalda de Adonis: âSua autoestima baixa⦠é patética.â
âChegaâ¦â Adonis franziu a testa, claramente não querendo ouvir mais.
âEla te aguentava e te mimava não porque ela fosse inferior, mas porque estava pagando uma dÃvida com você! Naquele dia, Luna me disse que era fácil devolver o dinheiro, mas a vida e o afeto que te deviaâ¦. ela não sabia como retribuirâ¦â
Mafalda estendeu o envelope vermelho a Adonis: âDurante esses anos, ela fez biscates, vendeu desenhos, deu aulas particulares, trabalhou em três empregos para não gastar um centavo da famÃlia Tavares, economizando cada centavo para pagar a dÃvida que tinha com você.â
Ela tirou um cartão da bolsa: âTudo isso foi guardado comigo. Esse envelope foi o presente de casamento que a Luna preparou para você, com dez mil reais dentro. Não é muito, mas representa o coração dela, ela realmente desejava que você fosse feliz com a Morganaâ¦
Mafalda falou e as lágrimas começaram a escorrer.
Fiquei de lado, ouvindo em silêncio.
Eu realmente havia desejado a felicidade de Adônis e Morgana no passado.
Eu esperava que, quando eles se casassem, fossem realmente felizes.
âChegaâ¦â Mas Adonis não queria nem ouvir esses bons votos.
11:55 CapÃtulo 39 âVocê sabe quantos empregos Luna teve para ganhar esse dinheiro? Todos os dias, ela ia aos bairros de luxo para dar aulas particulares a crianças mimadas e malcriadas, muitas vezes voltando para casa machucada pelo abuso. à noite, ela trabalhava como caixa em uma loja de conveniência 24 horas. Em dias de muito trabalho, ela mal dormia cinco horasâ.
Mafalda sorriu ironicamente: âEla levou mais de um mês para conseguir os dez mil reais, pois queria juntar o dinheiro para o presente antes de ir para o exterior.â
Adonis não queria ouvir, mas Mafalda insistiu: âEsse cartão tem mais de um milhão de reais. Luna economizou durante quatro anos, desde a morte dos pais até agora. Ela disse que um dia teria o suficiente para pagar a dÃvida.â
Adonis desviou o olhar, recusandoâse a pegar o cartão.
âVai, pegue⦠Você não disse que eu te devia muito? Pegueâ¦â â Eu perguntei a Adonis com uma voz rouca. Mas ele nunca pegou.
âMafalda perdeu a paciência e atirou o dinheiro e os cartões em cima de Adonis.
âPega teu dinheiro e some⦠Nunca mais apareça na frente da Luna, ela te odeia, ela não quer te ver.â
Assenti, concordando com as palavras de Mafalda.
De fato, não queria mais vêâlo, nem morta.
âEla vai ficar bem⦠Eu já disse, se algo realmente acontecer com ela, eu morro com ela, ela vai ficar bemâ, a voz de Adonis estava rouca, quase um murmurio.
Eu achei ele patético, um patético sem limites.
Morrer comigo? Por que? Você acha que mereceâ¦
âAdonis! Volta logo! Ligaram do hotel, a Dona Morgana⦠ela tentou se matar no hotel!â â FabrÃcio atendeu um telefonema do lado de fora e voltou correndo, desesperado, dizendo que Morgana havia tentado se matar.
Observei a expressão de Adonis ficar cada vez mais pálida e seu olhar cada vez mais complexo.