Capítulo 31
Minha Morte!Sua Loucura!
CapÃtulo 31 Eu também já havia questionado Adonis, o motivo, a razão.
Ele disse: âSó pelo fato de você comer, beber e morar na minha casa! Pela bondade que minha famÃlia teve contigo, você não vai conseguir retribuir em toda a sua vida! à apenas uma vaga de intercâmbio, que coragem você tem de me enfrentar assim?â
Naquele dia, senteiâme desolada no chão como um cão abandonado.
FabrÃcio, abraçando a irmã de Morgana, a mulher que havia roubado minha vaga, aproximouâse de mim e pisou em minha dignidade com as palavras mais venenosas deste mundo.
Ela disse: âLuna, você é tão baixa, apenas minha irmã merece Adonis. Uma mulher rasteira como você, merece? Você é apenas uma mancha na vida de Adonis.â
FabrÃcio me deu um chute, dizendo: âMeu irmão disse que o maior arrependimento da vida dele foi permitir que a tia te acolhesse.â
Fiquei sentada ali, meu corpo endurecendo aos poucos, âLuna, se ousar falar besteiras para meu irmão, eu acabo com vocêâ, FabrÃcio continuou me ameaçando.
Ele adorava me ameaçar às escondidas.
âAh, mesmo que ela fale, Adonis nunca acreditaria nela. Quem acreditaria em uma mulher assim?â
A irmã de Morgana partiu, toda orgulhosa, carregando a bolsa que Adonis dava a Morgana para gastar como quisesse, gastando uma fortuna com um simples toque do cartão.
Adonis sempre disse que eu lhe devia, que devia à FamÃlia Tavares.
Mas os custos da minha vida e escola com a FamÃlia Tavares, somados, mal chegavam a algumas dezenas de milhares. Eu tinha uma bolsa de estudos, e depois de entrar na universidade, minha matrÃcula era essencialmente gratuita, e a bolsa cobria minhas despesas normais.
Eu preferia trabalhar em um mercadinho 24 horas a noite toda do que gastar o dinheiro da FamÃlia Tavares.
O que eu devia a Adonis era apenas o custo do funeral dos meus pais e a multa que ele pagou por mim aos nossos parceiros de negócios, além da compensação dos trabalhadores, que eu cobri com o dinheiro do seguro pela morte dos meus pais e vendendo nossa casa.
Eu sabia que devia muito dinheiro a Adonis, mas mesmo que fosse muito⦠não se comparava ao que ele gastava com Morgana e a famÃlia e amigos dela ao longo dos anos.
Lembroâme, no terceiro ano da faculdade, eu adoeci, com encefalite e febre alta, desmaiei no campo da escola.
Naquele dia, com febre alta, Adonis me obrigou a ir fazer o teste fÃsico no lugar da irmã de Morgana.
Eu disse que estava com febre, me sentindo mal, mas ele não se importou: âLuna, se você não morrer, vá.â
Sem forças para argumentar, nunca esquecerei aquelas palavras, Luna, você me deve.
Como se eu devesse ele, teria que pagar.
11:53 Capitulo 31 Levantei da cama, cambaleando até o campo.
Naquele dia, desmaiei depois de correr apenas metade dos ortocentos metros, arranhando os braços e a testa, que ardia com a dor.
O médico disse que eu era louca, com febre de quarenta graus indo fazer um teste fÃsico, estava desejando a morte.
Também por causa disso, o plano de Selma Novais para que alguém fizesse os testes fÃsicos em seu lugar foi descoberto pela escola, e ela perdeu a vaga de intercâmbio.
Naquele dia, eu estava no hospital, Adonis entrou no quarto furioso, quase me arrestando para fore de cama: âLuna, eu nunca soube que vocé era tão astuta, só porque a irmã de Morgana conseguiu a vaga de intercâmbio, você a prejudicou assim?â
Ele me acusava de ser ardilosa, de ser uma calculista, mas não mencionou uma palavra sobre eu ester hospitalizada com encefalite.
Essa encefalite quase me custou a vida, eu precisava de dinheiro para o tratamento hospitalar, ou eu poderia morrer, mas naquele més não tinha dinheiro suficiente para as despesas médicas.
Eu implorei que Adonis me emprestasse dinheiro para o tratamento.
Depois que melhorasse, eu pagaria trabalhando.
Mas Adonis apenas me olhou com nojo: âAté nessa hora você finge, Luna, você desperdiçou seu talento não sendo atriz.â
Eu caà sentada no chão, com uma dor de cabeça insuportável.
âQuer dinheiro? Mostre até onde você pode chegar por eleâ â Adonis riu friamente, puxando meu cabelo: âAntes você pedia dinheiro a FabrÃcio, o que dava em troca? Não te disse que se precisasse de dinheiro era só falar comigo? Como você pode ser tão sujaâ¦â
ia Eu olhava para Adonis sem entender, e comecei a me explicar: âEu não pedi dinheiro a eleâ¦â
âContinua com desculpas, sua boca sempre foi cheia de mentiras desde pequena!â â Adonis me empurrou e, com ar de superioridade, encostouâse na parede: âSe quer dinheiro, então pare de fingir, venha comigo. Aqui, não tenho interesse em você.â
Abaixei a cabeça, as lágrimas escaldantes.
Eu sabia o que ele estava prestes a fazer comigo.
Enquanto me chamava de suja, ele descontou sua raiva em mim, exigindo e desabafando repetidamente. Naquela noite, eu ardia em febre e desmaiei no banheiro do hotel, sangue escorrendo de ambas as narinas.
Foi a faxineira que me encontrou no dia seguinte e me levou ao hospital.
Se tivesse sido um pouco mais tarde, talvez eu não tivesse sobrevivido.
E o Adonis nem se deu ao trabalho de me pagar.
Sem saÃda, liguei para a Mafalda. Ela veio correndo do hospital e implorou ao pai, que nunca a apoiou depois do divórcio, que lhe desse cinco mil reais.
Por apenas cinco mil reais, Mafalda e eu perdemos nossa dignidade.
CapÃtulo 31 Sentados no quarto do hospital, choramos e rimos sem falar muito um com o outro.
Eu sabia que só podia contar com ela.
No dia em que recebi alta, encontrei Adonis no hospital. Ele parecia cansado, entrando e saindo da enfermaria.